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Síndrome Metabólica
Síndrome Metabólica
Já ouviu falar na síndrome metabólica? Veja como evitá-la
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Saúde Masculina
Síndrome Metabólica
Já ouviu falar na síndrome metabólica? Veja como evitá-la
Já ouviu falar em síndrome metabólica? Trata-se de um conjunto de doenças que se manifesta em uma pessoa pela presença de fatores de risco para diabetes tipo 2 e doença cardiovascular. Entre suas manifestações, estão grandes quantidades de gordura abdominal, hipertensão, baixo colesterol HDL e taxas elevadas de triglicerídeos e glicemia.
Mas, o que essas doenças têm em comum? É simples, todas elas têm como base a resistência à ação da insulina – hormônio responsável pelo processamento da glicose, ou seja, o açúcar no sangue. Por isso, essa condição também é conhecida como Síndrome de Resistência à Insulina.
Uma coisa importante para prestar atenção é que não estamos falando da diabetes tipo 2, mas de outras doenças que podem elevar o risco do desenvolvimento dela.
Essa é uma doença da civilização moderna associada à obesidade e muitas vezes fruto de alimentação inadequada e sedentarismo. Devido à falta de sintomas, ela é considerada uma condição séria e um dos principais desafios da Medicina. Para você ter uma ideia, hoje, uma em cada cinco pessoas nos Estados Unidos sofre com a síndrome, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, e os números no Brasil não são muito diferentes.
Quando não tratada, a síndrome metabólica aumenta o risco de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes. Entretanto, ela é evitável e reversível por meio de alterações no estilo de vida.
Ainda tem dúvidas? Então continue conosco e acabe com elas.
O que é a síndrome metabólica?
Para receber o diagnóstico de síndrome metabólica, é preciso sofrer com três ou mais das seguintes condições:
Obesidade central
Em homens, circunferência abdominal maior ou igual a 102 centímetros.
Triglicérides em excesso
Triglicérides são um tipo de gordura que pode vir de alimentos, mas também é produzido pelo fígado.
Colesterol HDL baixo
Também conhecido como colesterol bom, o colesterol HDL (sigla em inglês para lipoproteína de alta densidade) ajuda a evitar o acúmulo de gordura nas artérias. É por isso que a baixa concentração dessa substância no sangue traz riscos à saúde.
Pressão alta
A hipertensão arterial também aumenta o risco de desenvolver doenças cardíacas, AVC e complicações renais.
Glicemia elevada
Se refere à quantidade de açúcar no sangue e está associada à diabetes.
Por que esses fatores são agrupados na síndrome metabólica?
Como falamos anteriormente, as condições que compõem a síndrome metabólica têm como causa comum a resistência à insulina, um hormônio que ajuda a processar a glicose, assim como gorduras e proteínas.
Quando o organismo se torna menos sensível à ação da insulina, tenta compensar produzindo maior quantidade desse hormônio. Ou seja, você acaba tendo muito mais insulina do que o necessário circulando pelo corpo e esse excesso gera anormalidades características da síndrome metabólica.
Quais são os sintomas da síndrome metabólica?
Assim, como acontece com a diabetes tipo 2, pode ser que você não perceba os sintomas da síndrome metabólica, o que explica porque ela demora a ser descoberta. No entanto, existe um sinal que dificilmente passa despercebido: o excesso de gordura abdominal, popularmente conhecido como aquela famosa “barriguinha de chopp.”
Com o tempo, o distúrbio pode se tornar mais evidente, já que as pessoas afetadas têm risco maior para o surgimento de doenças graves, como as cardiovasculares e a diabetes.
Em geral, a síndrome metabólica se manifesta com:
- Manchas escuras e aveludadas na pele;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Rápido ganho ou perda de peso, em especial no abdômen;
- Dificuldade de concentração;
- Inchaço;
- Flatulência;
- Constipação ou diarreia;
- Náuseas e vômitos;
- Pressão alta.
Alguns fatores de risco associados a essa síndrome, como hipertensão e glicemia elevada, podem ter seus próprios sinais e sintomas. Fique de olho e descubra quais são:
Sinais e sintomas de glicemia alta
Se o seu nível de açúcar no sangue for muito alto, você apresentar:
- Muita sede;
- Excesso de urina;
- Fome excessiva;
- Emagrecimento;
- Cansaço;
- Apatia;
- Visão embaçada;
- Pele seca;
- Dificuldade de cicatrização;
- Dor de cabeça;
- Alteração do comportamento;
Sinais e sintomas de pressão alta
Geralmente, a hipertensão arterial não apresenta sinais ou sintomas. No entanto, alguns casos iniciais da doença podem ter:
- Dor de cabeça;
- Falta de ar;
- Visão borrada;
- Zumbido no ouvido;
- Sangramento pelo nariz;
- Tontura;
- Dores no peito;
Se você sofre de diabetes, hipertensão, obesidade e/ou tem problemas cardíacos, não conviva com a dúvida! Procure seu médico. Ele saberá avaliar o seu caso, obter um diagnóstico preciso e indicar o melhor tratamento para a síndrome metabólica.
Existem fatores de risco?
Como quase tudo na vida, alguns fatores de risco da síndrome metabólica podem ser controlados e outros não. Veja detalhes sobre cada um deles:
Fatores de risco não controláveis
Genética
Algumas pessoas têm predisposição genética para essa síndrome.
Idade
O risco da síndrome metabólica aumenta com o envelhecimento, embora também possa ocorrer em jovens.
Etnia e sexo
Certas origens étnicas têm maior tendência para a síndrome metabólica, como africanos, hispânicos, asiáticos e norte-americanos. Além disso, ela ocorre com mais frequência em homens do que em mulheres.
Histórico pessoal ou familiar de diabetes
85% dos portadores de diabetes tipo 2 também têm síndrome metabólica e maior risco cardiovascular. Histórico de diabetes na família aumenta a probabilidade de desenvolver o problema.
Fatores de risco controláveis
- Sobrepeso e obesidade;
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Estresse;
- Uso de medicamentos
Certos remédios têm como efeito colateral ganho de peso ou alterações na pressão arterial, colesterol e glicemia. Entre os mais comuns, estão os que tratam inflamações, alergias e depressão;
Se você apresenta um ou mais fatores de risco, procure um médico e mantenha seus exames em dia. Assim, você age rapidamente e consegue barrar o avanço dessa síndrome.
Como é feito o diagnóstico da síndrome metabólica?
Já falamos de quase tudo sobre essa síndrome, agora resta você saber como ela é diagnosticada. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia define que uma pessoa é portadora da síndrome metabólica quando apresenta três ou mais critérios abaixo:

Circunferência da cintura
Para homens é considerada um fator de risco se estiver acima de 102 centímetros.

Nível de triglicérides
Dosagem acima de 150 mg/dL é sugestiva de síndrome metabólica.

Colesterol HDL
Níveis inferiores a 40 mg/dL para homens sugerem o diagnóstico de síndrome metabólica.

Pressão arterial
É um fator de risco quando igual ou superior a 130/85mmHg.

Açúcar no sangue
Valores em jejum a partir de 100 mg/dL representam risco metabólico; entre 100 e 125 mg/dl sugerem pré-diabetes e, acima de 126 mg/dL, indicam diabetes.
Se você tiver três ou mais desses fatores, fique atento: suas chances de ter a síndrome metabólica são altas. Caso esteja em dúvida sobre o diagnóstico, não pense duas vezes em procurar ajuda de um médico endocrinologista. Ele saberá avaliar o seu caso e pedirá os exames necessários para fazer o diagnóstico e, se for preciso, indicará o tratamento mais adequado.
Afinal, síndrome metabólica tem tratamento?
Mais da metade da população brasileira (60,3%) está acima do peso, segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019. Trata-se de um número alarmante, não só pelos problemas que essa condição acarreta, mas também pelo fato de que ela está intimamente ligada à síndrome metabólica.
Considerada um mal da atualidade, a síndrome metabólica eleva de forma significativa as chances de ter problemas cardiovasculares, diabetes e outras condições. Mas felizmente é possível tratá-la com hábitos simples.
Adote hábitos saudáveis
Essa síndrome está associada a sedentarismo, obesidade, hipertensão arterial e maus hábitos alimentares. Por isso, é preciso que você repense o seu estilo de vida para tratá-la.
Pratique exercícios físicos com regularidade, adote uma alimentação saudável e se afaste de coisas prejudiciais à saúde, como cigarro e álcool. Na dúvida, deixamos várias dicas aí em cima para você.
Remédios para síndrome metabólica
Como nem tudo é tão simples nessa vida, em alguns casos, é necessário recorrer a medicamentos para controlar a doença, como:
- Anti-hipertensivo;
- Remédios para controlar o colesterol;
- Medicamentos para diabetes;
Já a terapia de reposição de testosterona é indicada quando a síndrome metabólica ocorre junto ao hipogonadismo.
Como evitar a síndrome metabólica?
Vai deixar essa condição te pegar desprevenido? Então fique de olho nas nossas dicas de prevenção.
Alimente-se bem
Considerando que a causa mais comum dos problemas ligados à insulina é o depósito de gordura nas vísceras, ter uma alimentação balanceada e rica em vitaminas, fibras e nutrientes é essencial. Veja algumas dicas:

Consuma alimentos ricos em fibras
Fazem parte desta lista frutas, legumes, leguminosas e alimentos integrais;

Reduza o açúcar
Alimentos e bebidas ricos em açúcar alteram seu metabolismo e seus níveis de insulina;

Evite gordura saturada e trans
Opte por carnes menos gordurosas, como frango e peixe. Além disso, troque o leite integral pelo desnatado e limite o consumo de alimentos industrializados;

Quanto menos sal, melhor
Existem inúmeras opções de temperos naturais que podem substituir o sal na hora de cozinhar. Outra dica é tirar o saleiro da mesa;

Diminua as calorias
Procure diminuir o tamanho das porções e prestar atenção no que você está comendo.
Dê adeus ao sedentarismo
Muita gente tem preguiça ou até não consegue encaixar os exercícios físicos na rotina, mas vale a pena o esforço. São eles que ajudam a eliminar o excesso de gordura do corpo, manter o bom funcionamento dos órgãos e uma produção hormonal equilibrada.
Um bom começo é fazer 30 minutos de atividade moderada (por exemplo, caminhada rápida ou corrida) pelo menos cinco dias da semana. Essa é uma recomendação geral, visto que só um profissional poderá definir a meta certa para você.
Evite sobrepeso e obesidade
Se você está com sobrepeso ou obesidade, a perda de apenas 5% a 10% do seu peso total já fará a diferença na prevenção da síndrome metabólica porque contribuirá com a redução da pressão arterial, do colesterol e da glicemia.
Seu médico pode medir seu índice de massa corporal (IMC) e, se for o caso, ajudar você a fazer um plano de emagrecimento.
Largue o cigarro
Apesar de comum, o hábito de fumar traz diversos problemas de saúde. Mudança da percepção de sabores, dificuldade para respirar, batimentos cardíacos acelerados e doenças cardiovasculares são apenas alguns exemplos. Portanto, muito cuidado com o cigarro.
Já existem diversos métodos que ajudam a parar de fumar. Fale com seu médico e receba ajuda para atingir esse objetivo.
Limite o consumo de bebida alcoólica
Estudo publicado na revista Clinical Nutrition concluiu que o consumo de pelo menos sete doses de bebidas alcoólicas por semana foi associado ao maior risco de síndrome metabólica em indivíduos saudáveis.
Não estamos falando para você deixar de aproveitar o happy hour com amigos, mas faça isso com moderação.
Maneje o estresse
Como o estresse é um fator de risco para síndrome metabólica, vale adotar práticas para espantá-lo. Boas opções são meditação, ioga e técnicas de relaxamento, além de exercícios físicos.
Vá ao médico regularmente
Mais uma vez o médico. Buscar ajuda médica é sua melhor opção para prevenir essa e outras doenças. Ele monitorará seus níveis de colesterol, glicemia e pressão arterial.
Além disso, homens com obesidade, gordura abdominal elevada e/ou diabetes tipo 2 devem ser avaliados com relação ao hipogonadismo (deficiência de testosterona), que é um quadro associado à síndrome metabólica.
Caso você já apresente algum problema de saúde, serão prescritos remédios para controlá-lo. Nunca os interrompa por conta própria, pois isso poderá causar sérios problemas à sua saúde.
Quais são as principais complicações da síndrome metabólica
Ficou claro que um dos sinais mais visíveis de resistência à insulina é a obesidade, não é mesmo? Aquela gordurinha abdominal em excesso que a gente aprende a conviver no dia a dia, no geral, eleva em três vezes as chances de doenças cardiovasculares.
Isso acontece porque o excesso de gordura aumenta os níveis de triglicérides, causando um efeito duplamente ruim: faz com que nosso corpo elimine o bom colesterol (HDL) e potencialize a ação do mau colesterol (LDL), que se acumula nas paredes das artérias e as entope, aumentando assim a probabilidade de ter infarto do miocárdio.
Mas as complicações da síndrome metabólica vão muito além do aumento nas chances de desenvolver doenças cardiovasculares. Existem outras enfermidades que também estão na lista de riscos. Fique de olho em quais:
Diabetes
A resistência à insulina pode causar o aumento dos níveis de açúcar no sangue, ou seja, a diabetes tipo 2.
AVC
Com a resistência à insulina associada à síndrome metabólica, o pâncreas passa a produzir quantidades cada vez maiores desse hormônio. Isso leva ao aumento da quantidade de sódio no organismo e consequente aumento da pressão arterial. A hipertensão, por sua vez, eleva a chance de acidente vascular cerebral (AVC) – também chamado de derrame.
Disfunção erétil
A síndrome metabólica influencia diretamente a função erétil do homem, já que está associada a níveis de testosterona mais baixos do que o normal.
Doença renal crônica
A hipertensão, comum na síndrome metabólica, predispõe o aparecimento de doenças nos rins.
Gota
É aquela inflamação das juntas comum em pessoas com mais de 40 anos. Não se sabe exatamente o motivo, mas a síndrome metabólica é marcada por quantidades elevadas de ácido úrico, substância que gera a gota.
Aterosclerose
O acúmulo de gordura (geralmente proveniente do colesterol) nas artérias é outra complicação da síndrome metabólica.
Doença hepática gordurosa não alcoólica
Esse mal vem sendo considerado uma manifestação hepática da síndrome metabólica, embora a relação entre causa e efeito ainda não esteja clara.
Apneia
Médicos do Instituto do Coração de São Paulo (InCor) descobriram que a maior parte dos pacientes com síndrome metabólica tem apneia do sono – suspensão da respiração ao dormir.
Qual é a relação entre síndrome metabólica e hipogonadismo?
Em homens, a síndrome metabólica também está ligada ao hipogonadismo, condição na qual os testículos não produzem quantidade suficiente de testosterona, que é o hormônio que desempenha papel fundamental na saúde e sexualidade do homem.
O hipogonadismo também é um fator de risco para obesidade, gordura abdominal e diabetes tipo 2. Por isso, segundo recomendações da Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE), homens com diabetes tipo 2, obesidade ou circunferência abdominal aumentada devem ser avaliados para o hipogonadismo.
É importante lembrar que tudo é uma questão de equilíbrio. Faça a prevenção, cuide dos seus hábitos diários, fique atento ao seu peso e evite excessos.
Não deixe de cuidar de sua saúde. Realize consultas e exames anuais e, em caso de alterações, avise seu médico. Assim, você poderá aproveitar tudo de bom que a vida tem para oferecer e ainda manter a saúde em dia.
Referências:
https://bvsms.saude.gov.br/sindrome-metabolica/ - acessado em 17/09/2021
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/metabolic-syndrome/diagnosis-treatment/drc-20351921 - acessado em 17/09/2021
https://www.endocrino.org.br/a-sindrome-metabolica/ - acessado em 17/09/2021
https://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/metabolic-syndrome - acessado em 17/09/2021
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/metabolic-syndrome/diagnosis-treatment/drc-20351921 - acessado em 17/09/2021
https://my.clevelandclinic.org/health/diseases/10783-metabolic-syndrome - acessado em 17/09/2021
https://www.betterhealth.vic.gov.au/health/conditionsandtreatments/metabolic-syndrome - acessado em 17/09/2021
https://www.healthdirect.gov.au/metabolic-syndrome - acessado em 17/09/2021
https://www.endocrino.org.br/a-sindrome-metabolica/ - acessado em 17/09/2021
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3474619/ - acessado em 17/09/2021
http://obesity.aace.com/files/obesity/guidelines/aace_guidelines_obesity_2016.pdf - acessado em 17/09/2021
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O que são ISTS?
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Com certeza você conhece as famosas (e nada glamourosas) doenças sexualmente transmissíveis ou DSTs, como a gonorreia ou a AIDS, certo?
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O que são ISTS?
Dúvidas sobre ISTs? Explicamos tudo que você precisa saber
Com certeza você conhece as famosas (e nada glamourosas) doenças sexualmente transmissíveis ou DSTs, como a gonorreia ou a AIDS, certo? E sobre as ISTs, você já ouviu falar? As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) nada mais são do que a nova nomenclatura usada para se referir às DSTs. Mais de um milhão de novos casos de ISTs ocorrem por dia em todo o planeta e cerca de 360 milhões de novas infecções são registradas por ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Essas condições podem ter uma variedade de sintomas, dependendo do organismo causador da infecção, e afetam homens e mulheres de todas as idades.
Mas não se engane, elas também podem aparecer de maneira silenciosa e totalmente assintomática, ou seja, não dar qualquer sinal durante algum tempo ou até por toda a vida de que estão lá.
Inclusive, esse foi o motivo pelo qual o termo “doença sexualmente transmissível” (DST) foi substituído por “infecção sexualmente transmissível” (IST), porque doenças causam sinais e sintomas, já infecções podem variar neste sentido.
Mesmo com o avanço da Medicina e o abrangente leque de informações, ainda existem mais de 20 tipos de ISTs desconhecidas. O assunto é espinhoso, mas importante! Por isso, continue lendo para saber mais sobre quais são as principais, seus sinais e sintomas.
O que são as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)?
IST é uma infecção transmitida de uma pessoa para outra por meio do contato sexual. Ela ocorre quando uma bactéria, vírus ou parasita entra e cresce em seu corpo.
Somente algumas condições desse tipo podem ser curadas. Felizmente, para aquelas que não podem, existem medicamentos que controlam os sintomas.
Como as ISTs são transmitidas?
As ISTs são causadas por vírus, bactérias e outros micro-organismos. Sua transmissão pode acontecer de diferentes formas:
Contato sexual
Praticar relações sexuais (oral, vaginal ou anal), com uma pessoa que esteja infectada, sem o uso de camisinha masculina ou feminina.
Mãe para filho(a)
A chamada “transmissão vertical”, acontece quando mulheres infectadas transmitem a IST para a criança durante a gestação, parto ou amamentação. Muitas vezes, medidas de prevenção podem ser aplicadas para evitar esse tipo de contaminação, como o uso de medicamentos. Porém, quando se trata do HIV essa prevenção é mais complicada.
Contato de mucosas ou sangue contaminado
Esse tipo de transmissão é pouco comum. Em caso de contato entre mucosas ou peles machucadas com fluidos corporais contaminados, como o sangue ou saliva, a infecção pode ocorrer.
Quais são os tipos de ISTs mais comuns?
HIV
Embora o HIV (sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana) ataque células específicas do sistema imunológico, ele pode ser controlado por medicamentos específicos. Quando não é tratado, pode progredir para AIDS (sigla em inglês para síndrome da imunodeficiência adquirida), doença que deixa o sistema imune vulnerável a infecções e doenças oportunistas.
O vírus é transmitido apenas por meio do contato com fluidos corporais, como secreções vaginais, sêmen ou sangue e, uma vez no corpo, faz com que as nossas células de defesa - leucócitos, macrófagos e linfócitos - atuem com menor eficiência. Se não for realizado o tratamento correto, o HIV vira AIDS e o soropositivo pode ir a óbito.
Algumas pessoas apresentam sintomas semelhantes aos da gripe em um período de 2 a 4 semanas após a infecção, mas isso não é regra: de 10 a 60% das infecções são assintomáticas. De qualquer forma, é preciso ficar atento e procurar um médico caso sinta algum dos sintomas abaixo:
- Febre;
- Arrepios;
- Irritação na pele;
- Suor noturno;
- Dores musculares;
- Dor de garganta;
- Fadiga;
- Gânglios linfáticos inchados;
- Úlceras na boca;
Infelizmente, a condição ainda não tem cura, mas, diferente de antigamente, o tratamento com antirretrovirais permite que a carga do vírus HIV fique indetectável e até intransmissível por relações sexuais. Ainda assim, quem não segue o tratamento pode contaminar outras pessoas, por isso use preservativo e proteja-se, combinado?
HPV
O vírus do papiloma humano (HPV) – em inglês human papillomavirus – é um “fantasma” que assombra principalmente as mulheres, embora nós, homens, também possamos contrair a doença e desenvolver seus sintomas.
Segundo estudo publicado pela Associação Americana de Doenças Sexualmente Transmissíveis, pelo menos 80% das pessoas sexualmente ativas já tiveram contato com o HPV - são mais de 200 tipos diferentes do vírus.
Alguns deles são assintomáticos, outros podem causar verrugas na região genital - portanto, se identificar alguma, procure um médico.
Além disso, existem aqueles que estão relacionados com o desenvolvimento de câncer, como o HPV-16 e o 18. Eles estão associados a quase todos os casos de câncer de colo de útero e com boa parte dos casos de câncer de pênis, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Essa IST é transmitida principalmente pelo contato direto com a pele ou as mucosas de pessoas infectadas. Por isso, cuidado com as relações sexuais sem preservativo, sejam de forma oral, genital ou anal.
Clamídia
É uma infecção sexualmente transmissível (IST) comum e que pode afetar tanto homens quanto mulheres. Causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, ela pode ser transmitida pelo sexo anal, oral ou vaginal. Há também casos congênitos, ou seja, passados de mãe para filho durante a gravidez.
Pessoas que têm a doença geralmente não apresentam sintomas no estágio inicial. Na verdade, cerca de 70% dos homens com essa IST são assintomáticos, e isso reforça a importância do uso de preservativos regularmente, já que pessoas sem sintomas podem ser vetores da doença. Mas quando a condição se manifesta, pode gerar:
- Ardor ou dor ao urinar;
- Corrimento vaginal ou secreção uretral;
- Dor nos testículos ou ânus;
Se não tratada, a clamídia pode gerar várias complicações. As principais são:
Epididimite
Inflamação do epidídimo (canal que coleta e armazena os espermatozóides produzidos pelo testículo), ocasionalmente acompanhada por inflamação dos testículos (orquiepididimite).
Uretrite masculina
Inflamação na uretra.
Gonorreia
Essa é uma infecção causada por uma bactéria popularmente conhecida como gonococo. No homem, pode afetar pênis, ânus e testículos. A partir do momento em que penetra o canal da uretra, a bactéria provoca inflamação local, infecção, dor ou ardor ao urinar e saída de secreção com pus pela uretra. As mulheres, por sua vez, podem apresentar corrimento e prurido vaginal.
A gonorreia, como as outras doenças, também é transmitida pelo sexo sem proteção e pode ser detectada por exames de rotina. Fique atento, pois é importante que o tratamento seja feito rapidamente. Caso contrário, há risco de você desenvolver complicações maiores, como a infertilidade.
Hepatite B
É uma doença infecciosa causada pelo vírus B da hepatite (HBV), que afeta o fígado e pode causar complicações agudas ou crônicas. Considerada uma infecção sexualmente transmissível, a hepatite B existe no sangue, saliva, esperma, secreções vaginais e leite materno de doentes ou portadores assintomáticos.
Além das relações sexuais sem proteção, o HBV pode ser transmitido durante a gravidez ou parto, assim como por meio do compartilhamento de objetos cortantes, como tesouras e agulhas.
A hepatite B é dividida em dois subtipos:
Infecção aguda
Causa sintomas como mal-estar, perda de apetite, enjoo, vômito, dores no corpo, febre baixa, urina de cor escura e fezes claras. Nos estágios mais avançados, deixa a pele e os olhos amarelados. Na maior parte dos casos, esse mal se resolve espontaneamente até seis meses após os primeiros sintomas, sendo considerada de curta duração.
Infecção crônica
Pode ser assintomática ou estar associada a uma inflamação crônica do fígado que, após alguns anos, leva à cirrose.
O risco da infecção se tornar crônica depende da idade da pessoa. Em adultos, por exemplo, 20% a 30% dos infectados cronicamente pelo vírus B da hepatite desenvolvem cirrose e/ou câncer de fígado.
O diagnóstico é feito por meio do exame de sangue e o tratamento é realizado com antivirais específicos.
Há uma boa notícia. Existe outra forma de prevenção além dos preservativos e do não compartilhamento de objetos de uso pessoal: a vacinação. Ela é extremamente eficaz e segura. Então, se você não é vacinado contra hepatite B, procure o posto de saúde mais próximo da sua casa.
Sífilis
Infecção sexualmente transmissível que é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum.
Essa doença apresenta várias manifestações clínicas e diferentes estágios:
Primária
10 a 90 dias após o contágio, surgem feridas na região infectada, como no pênis, no ânus ou na boca. Quem apresenta essa doença, não sente dor, coceira ou ardência, mas pode notar caroços na virilha.
Secundária
Depois da cicatrização das primeiras feridas, costumam surgir manchas no corpo, que geralmente não coçam, além de febre, mal-estar e dor de cabeça.
Latente
Nesta fase, não há sintomas.
Terciária
Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Herpes genital
O herpes genital é uma IST que ataca a pele e/ou a mucosa dos genitais de homens e mulheres. Seus sintomas incluem coceira, ardência e formigamento, podendo evoluir para pequenas bolhas e feridas que desaparecem espontaneamente.
Essa é uma IST muito comum em adultos. Para se ter ideia, existem no mundo mais de 3,7 bilhões de infectados com menos de 50 anos, ou seja, quase 50% da população do planeta, segundo dados da OMS. Por isso, fique atento aos sinais e busque ajuda médica caso perceba algum sintoma.
Tricomoníase
Essa IST é causada pelo parasita Trichomonas e pode ser bastante desconfortável na região genital. Os homens dificilmente desenvolvem sintomas, mas quando apresentam, são:
- Inflamação da uretra e dor para urinar;
- Secreção uretral purulenta;
- Prostatites, epididimites;
Quais são os sintomas das ISTs?
Nem sempre é possível notar as infecções sexualmente transmissíveis, já que em alguns casos elas não geram sinais ou sintomas. Quando isso acontece, você pode conviver com a doença por anos sem nem saber que ela está por ali. Assustador, não é?
Porém, quando surgem, os sintomas podem se manifestar como feridas, corrimento e até verrugas, por exemplo. Por isso, fique de olho no seu corpo durante o banho, pois assim você poderá identificar alterações no estágio inicial, quando a taxa de sucesso do tratamento é maior.
Se você perceber algum sinal ou sintoma, procure um médico, independentemente de quando ou com quem foi sua última relação sexual.
Para te ajudar a identificar esses pontos de atenção, listamos os principais. Vamos, juntos, entender como as ISTs se manifestam no corpo.
Corrimento
São secreções eliminadas pela uretra que costumam surgir em casos de gonorreia, clamídia e tricomoníase. Sua coloração pode ser esbranquiçada, esverdeada ou amarelada, dependendo da IST por trás do quadro. Os corrimentos também podem vir acompanhados de:
- Cheiro forte;
- Coceira;
- Dor ao urinar ou durante a relação sexual;
Feridas
Algumas feridas isoladas ou múltiplas, dolorosas ou não, podem aparecer nos órgãos genitais masculinos em casos de sífilis e herpes genital . Outras características são:
- Aparecem, geralmente, na extremidade do pênis;
- Os tipos de feridas são muito variadas e podem se apresentar como vesículas, úlceras e manchas, entre outros;
Verrugas anogenitais
Geralmente causadas pelo HPV, podem ser múltiplas ou únicas. Elas aparecem tanto em órgãos genitais quanto em outras áreas do corpo, dependendo do tipo do vírus. Outras características são:
- Não doem, mas causam irritação na pele e coceira;
- Podem ter aspecto de “couve-flor”.
Outros sintomas
Existem infecções sexualmente transmissíveis que causam sintomas específicos. Entenda melhor:
HIV/Aids
Comprometimento do sistema imunológico, fadiga, febre, dores ou
inchaço na região genital, perda de peso e diarreia;
Hepatite B
Dores abdominais, emagrecimento inexplicado, febre que vai e volta, diarreia, fadiga, mal-estar, perda de apetite, olhos e pele amarelados, urina escura, fezes claras.
Não tenha vergonha de procurar um médico. Infecções sexualmente transmissíveis podem se tornar graves e precisam ser tratadas.
Algumas dessas ISTs podem não gerar sintomas, sendo diagnosticadas apenas por exames de rotina. Por isso, é muito importante observar se você se expôs a situações de risco, como sexo sem camisinha, e fazer exames preventivos.
Há fatores de risco?
Alguns comportamentos e fatores podem ser a porta de entrada para essas infecções sexualmente transmissíveis. Só no estado de São Paulo, os casos de sífilis por transmissão sexual cresceram 603% em seis anos (2013-2017), segundo a Secretaria Estadual da Saúde. Dados como esse mostram a importância de se cuidar e evitar, na medida do possível, as seguintes situações:
Sexo desprotegido
Sabia que fazer sexo sem camisinha é a principal forma de transmissão das ISTs? Inclusive, o HPV pode ser transmitido pelo contato com fluidos sexuais, mesmo sem penetração. Portanto, todo cuidado é pouco.
Múltiplos parceiros sexuais
É sempre bom ter em mente que quanto maior for o número de pessoas com quem se mantiver relações sexuais, mais elevada é a chance de se relacionar com alguém que tenha alguma IST.
Histórico de ISTs
Se você já tem um tipo de infecção sexualmente transmissível, fica muito mais fácil para outra se estabelecer no seu corpo.
Compartilhamento de objetos
Materiais hospitalares, como agulhas e seringas, ou objetos cortantes, como tesouras, podem transmitir ISTs. Então, quando for à pedicure ou fizer uma nova tatuagem, exija sempre materiais descartáveis.
Contato com material contaminado
Algumas ISTs podem ser transmitidas pelo contato com sangue, feridas e mucosas de pessoas contaminadas.
Idade
Embora não seja um fator de risco controlável, jovens de 14 a 25 anos são mais suscetíveis a comportamentos de risco, como consumo de álcool, uso de drogas, parceiros sexuais casuais/múltiplos e prática de sexo desprotegido. Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2015, 33,8% dos estudantes sexualmente ativos do nono ano não haviam usado preservativos na última relação sexual. Preocupante, não é?
Lembre-se, se você é uma pessoa sexualmente ativa, evite se expor aos fatores de risco controláveis das ISTs. Não se coloque em situações perigosas, conheça o modo de prevenção, mantenha os exames em dia e, em caso de contaminação, não deixe de procurar um especialista imediatamente e avisar a(o) parceira(o). Cuide-se!
Como é feito o diagnóstico de ISTs?
Causadas por 30 tipos diferentes de fungos, bactérias, vírus e protozoários, as infecções sexualmente transmissíveis normalmente são transmitidas pelo contato sexual. Às vezes, não apresentam sinais e sintomas, o que dificulta o diagnóstico, tratamento, e ainda aumenta o número de contaminados.
O diagnóstico é obtido com base nos sintomas e na observação dos órgãos genitais, e pode ser confirmado por exames de sangue e microbiológicos.
Avaliação clínica
Um médico vai conversar com você para saber como está se sentindo e se há alguma queixa. Ele também irá examiná-lo para procurar alguma lesão no seu corpo que possa indicar ISTs, como feridas ou verrugas.
Identificação de comportamentos de risco
O médico vai procurar saber se você costuma se expor a riscos, como fazer sexo sem camisinha ou usar drogas. Tome cuidado, essas são formas bastante comuns de se infectar. É importante ser honesto na conversa com ele.
Exames e testes rápidos para detectar ISTs
Uma conversa com um médico e exames na base no “olhômetro” não são suficientes para um diagnóstico preciso, já que alguns pacientes não apresentam sintomas. Por isso, avaliações laboratoriais ou testes rápidos podem ser indicados, assim como exames para gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C.
A execução, leitura e interpretação do resultado dos testes rápidos ocorrem em, no máximo, 30 minutos e podem ser feitas no próprio consultório. Esses exames são realizados com amostras de sangue, soro, plasma ou fluido oral.
É sempre bom lembrar a importância de que o diagnóstico de IST seja feito precocemente, assim como o início do tratamento indicado. Essa é a única forma de interromper a cadeia de transmissão, ajudar a melhorar a qualidade de vida e evitar complicações para sua saúde.
Se seu diagnóstico for positivo, fale com sua/seu parceira(o) sobre o que está acontecendo. É muito importante que haja transparência e sinceridade nesses momentos, uma vez que as ISTs também podem acarretar complicações para ambos os sexos.
Como tratar ISTs?
As infecções sexualmente transmissíveis são causadas por diferentes agentes, como bactérias e vírus. Os tipos causados por bactérias geralmente são mais fáceis de tratar, já as infecções virais podem ser controladas, mas nem sempre são curadas, como é o caso do HIV. Explicamos passo a passo como cada tratamento é feito.
Remédios
Quando falamos em tratamento, logo pensamos em cura, certo? E quando a cura não é possível? Bom, nesse caso, o objetivo é interromper a cadeia de transmissão para que ninguém seja contaminado, assim como melhorar a qualidade de vida do paciente e evitar complicações para a sua saúde. Para isso, são usados:
Antibióticos
Atuam para combater muitas infecções bacterianas e parasitárias transmitidas sexualmente, como gonorreia, sífilis, clamídia e tricomoníase. Depois de começar o tratamento, é muito importante segui-lo até o fim. As relações sexuais devem ser evitadas até qualquer lesão ter cicatrizado por completo.
Medicamentos antirretrovirais
Aqui, estamos falando das infecções causadas por retrovírus, como o HIV. São mais de 22 tipos de antirretrovirais que aumentam o tempo e a qualidade de vida e reduzem o número de internações e infecções por doenças oportunistas. Embora os antirretrovirais mantenham a infecção sob controle, o vírus persiste e, em alguns casos, ainda pode ser transmitido para outras pessoas.
Tratamento das ISTs mais comuns
HIV/AIDS – a mais grave e preocupante das ISTs não tem cura, mas ainda assim pode ser controlada. Os cuidados envolvem medicamentos antirretrovirais, que ajudam a evitar a falência do sistema imunológico.
Esse tratamento vai além de melhorar a qualidade de vida, já que também evita a transmissão do HIV. Isso porque os antirretrovirais reduzem a quantidade de vírus circulante no corpo do paciente, fazendo com que ele alcance a chamada “carga viral indetectável”, na qual há uma rara possibilidade de transmissão para outra pessoa em relações sexuais desprotegidas.
HPV – assim como no caso do HIV, o HPV não tem cura. Existem algumas opções para tratar esse vírus considerando o estado de cada pessoa, como extensão e quantidade de verrugas e possíveis efeitos colaterais. Elas são:
Remédios
O uso de remédios em forma de pomada ou creme para eliminar as verrugas do HPV é a forma mais comum de tratamento.
Cirurgia
Se as lesões causadas pelo HPV não desaparecerem apenas com o uso dos remédios, as verrugas forem grandes ou a pessoa tiver tendência para sangramento, o médico poderá indicar uma cirurgia para remoção.
Crioterapia
Essa é também uma opção de tratamento que consiste em realizar o congelamento da verruga por meio da utilização de nitrogênio líquido, sendo indicada para verrugas mais externas.
Clamídia e gonorreia – são tratadas ao mesmo tempo e com o uso de antibióticos, porque costumam aparecer juntas. O tratamento pode ser feito em dose única, mas isso não é regra. Geralmente, a cura ocorre entre uma e duas semanas.
Hepatite B – so tratamento desse tipo de hepatite em sua fase aguda inclui repouso, dieta, hidratação e a não ingestão de bebidas alcoólicas. Se for necessário, podem ser utilizados remédios para aliviar os sintomas.
No caso da hepatite B crônica, além da não ingestão de álcool e da dieta pobre em gordura, são usados medicamentos antirretrovirais de uso contínuo, que têm como missão impedir danos ao fígado. Não subestime essa infecção, pois, se não tratada, pode evoluir para cirrose hepática e câncer.
Sífilis – quando diagnosticada e tratada nos estágios iniciais, a sífilis pode ser curada. O tratamento é feito com antibióticos, como a penicilina. Mais da metade das pessoas nos estágios iniciais dessa doença pode apresentar reação ao tratamento, como febre, calafrios e dor de cabeça.
Herpes genital – não há cura, mas o uso de medicamentos antivirais orais no início do quadro pode trazer alguns benefícios, como:
- Cura mais rápida das feridas;
- Diminuição da gravidade e da duração dos outros sintomas;
- Redução das chances de transmitir o vírus;
O tempo de tratamento depende do remédio e da dose, mas normalmente é de 7 a 10 dias.
Tricomoníase – seu tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas da infecção e prevenir futuras complicações. Isso porque, quando essa doença não é tratada, há maior risco de adquirir outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, gonorreia e clamídia.
Para isso, são usados antibióticos de acordo com a orientação médica, geralmente por uma semana.
Se você esteve ou está em uma relação estável, converse com seu/sua parceira(o) sobre a IST e busquem tratamento juntos. O casal deve ser tratado e, até que a infecção seja curada, não deve haver relação sexual.
Como evitar as infecções sexualmente transmissíveis?
Não estamos falando aqui para você parar de fazer sexo. Muito pelo contrário, manter uma vida sexual ativa é saudável e necessário, mas é preciso se proteger. E já que maioria dos casos de ISTs é decorrente de relações sexuais, leve sempre uma camisinha com você. Sexo seguro é a melhor forma de prevenção.
Enquanto existem vários métodos anticoncepcionais, o único para evitar a gravidez que também tem eficácia para prevenção de ISTs é a camisinha (masculina ou feminina), que pode ser obtida gratuitamente em postos de saúde.
Tenha sempre em mente que, apesar de haver tratamentos para muitas infecções sexualmente transmissíveis, algumas, como HIV/Aids, ainda não têm cura e podem mudar totalmente o seu estilo de vida.
Não seja pego de surpresa! Saiba como é simples evitar as ISTs:

Use camisinha
Usar o preservativo masculino ou feminino corretamente em todas as relações sexuais é a forma mais eficiente de se proteger de ISTs. No entanto, 45% da população brasileira sexualmente ativa não segue essa recomendação, segundo pesquisa do Ministério da Saúde (2013), o que aumenta a quantidade de infectados anualmente. Usar preservativo não é a única prática que envolve o sexo seguro. Também é importante que você:
● Tome vacinas, como as da hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e HPV;
● Converse com seu ou sua parceira(o) sobre testagem para HIV e outras ISTs;
● Teste regularmente para HIV e outras ISTs;
● Realize exames complementares, quando indicado.

Aposte no gel lubrificante íntimo
Ele pode ajudar na prevenção da transmissão do HIV, já que diminui o atrito e, com isso, a possibilidade de provocar lesões nas mucosas genital e anal, que funcionam como porta de entrada para o vírus e outros micro-organismos.

Não compartilhe agulhas, seringas e objetos cortantes
Usar agulhas e seringas contaminadas é uma das maneiras de transmissão de ISTs. Quando fizer exame de sangue ou tatuagem, por exemplo, exija material descartável.
Evitar essas infecções sexualmente transmissíveis é um sinal de responsabilidade, amor e cuidado consigo próprio e com a pessoa parceira. Caso tenha alguma dúvida sobre ISTs e sua prevenção, converse com o seu médico.
Existem complicações das IST?
As infecções sexualmente transmissíveis estão novamente em alta no nosso país. Até pouco tempo, esse tipo de infecção estava controlado, mas só em 2017 os casos de sífilis aumentaram 28%, colocando essa IST no topo da lista de ascensão.
O problema não para por aí. Há indicativos de que também estejam aumentando as hepatites virais – condições altamente perigosas, pois podem evoluir para cirrose e câncer de fígado.
A AIDS também cresce: segundo dados do Unaids, programa das Nações Unidas especializado na epidemia, o Brasil apresentou aumento de 21% no número de novas infecções por HIV de 2010 a 2018, o que vai na contramão mundial. No mesmo período, a queda foi de 16% no planeta.
Não se engane se uma IST simplesmente não apresentar sintomas ou se desaparecer, assim, de uma hora para outra. Isso não quer dizer que ela tenha sido curada. Muitas vezes os micro-organismos ficam alojados de forma silenciosa em nosso organismo para atacá-lo no futuro e de maneira muito mais agressiva. Por isso, ignorar os sintomas e não procurar ajuda médica pode levar a várias complicações, como:
Infertilidade
Principalmente se você ainda pensa em ter filhos, cuidado. A infertilidade masculina pode ser resultado de uma infecção nos testículos frequentemente atribuída à clamídia. Ela reduz o número de gametas, tornando mais difícil a concepção.
Maior risco de HIV
As ISTs não tratadas aumentam consideravelmente o risco de se contrair o vírus da AIDS em relações desprotegidas. Quando a sífilis não é tratada, por exemplo, eleva de três a cinco vezes a probabilidade de você pegar HIV.
Orquiepididimite
É uma inflamação dos testículos e do epidídimo (pequeno canal que coleta e armazena os espermatozóides) causada por ISTs não tratadas, como clamídia e gonorreia. Seus sintomas podem ser desagradáveis, como dor, inchaço, vermelhidão e sensação de calor no saco testicular, assim como febre.
Complicações da sífilis
Se não for tratada, a sífilis pode gerar complicações importantes, como falência de órgãos, derrame cerebral, paralisia, cegueira, surdez, doenças cardíacas e demência.
Transmissão para bebês
Carne vermelha, embutidos, laticínios e acredite se quiser, mas nem os bebês estão livres desse risco. Além das complicações das infecções sexualmente transmissíveis não tratadas, é importante saber que uma IST, como o HIV, também pode ser passada da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação.
Caso apresente qualquer sintoma de IST, não pense duas vezes em procurar um médico e não tome medicações por conta própria. Apenas um especialista saberá avaliar seu caso e prescrever o tratamento adequado. Faça também os exames de rastreamento anualmente.
Lembre-se que quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, maiores são as chances de cura e menores as de transmissão e complicações pela IST. Não se esqueça que prevenir é o melhor remédio.
Referências:
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist - acessado em 17/09/2021
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/hv/o-que-sao-hepatites/hepatite-b - acessado em 17/09/2021
https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/sifilis - acessado em 17/09/2021
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/infeccoes-sexualmente-transmissiveis/como-e-prevencao-das-ist - acessado em 17/09/2021
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist - acessado em 17/09/2021
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf - acessado em 17/09/2021
https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/565-numero-de-infeccoes-sexualmente-transmissiveis-ist-aumenta - acessado em 17/09/2021
http://www.apf.pt/infecoes-sexualmente-transmissiveis - acessado em 17/09/2021
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/human-papillomavirus-(hpv)-and-cervical-cancer - acessado em 17/09/2021
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v18n3/02.pdf - acessado em 17/09/2021
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist/sintomas-das-ist - acessado em 17/09/2021
http://www.apf.pt/infecoes-sexualmente-transmissiveis - acessado em 17/09/2021
http://www.saude.mg.gov.br/ist - acessado em 17/09/2021
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v50n3/pt_0080-6234-reeusp-50-03-0458.pdf - acessado em 17/09/2021
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O que é disfunção erétil?
O que é disfunção erétil?
Imagine uma condição que afeta 100 milhões de homens em todo o mundo – muitos com mais de 40 anos – e, embora seja comum, permanece sem tratamento na maioria dos casos? Estamos falando da disfunção erétil (DE).
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Saúde Masculina
O que é disfunção erétil?
Dúvida sobre disfunção erétil? Respondemos todas para você
Imagine uma condição que afeta 100 milhões de homens em todo o mundo – muitos com mais de 40 anos – e, embora seja comum, permanece sem tratamento na maioria dos casos? Estamos falando da disfunção erétil (DE).
Também chamada de impotência sexual, deixa muitos homens constrangidos ou com vergonha de falar sobre o assunto, o que atrasa seu tratamento.
Quem apresenta disfunção erétil muitas vezes se sente sozinho em seu sofrimento, mas isso está longe de ser verdade. Um estudo sobre o envelhecimento masculino descobriu que 40% dos homens experimentam algum grau de disfunção erétil após os 40 anos, e a incidência aumenta para até 70% aos 70 anos.
A disfunção erétil é comum, mas muitas vezes nós, homens, não conseguimos aprender nem mesmo o básico sobre o que é, o que a causa e o que pode ser feito para tratá-la e preveni-la. Continue lendo para saber mais sobre essa condição e como você pode gerenciá-la da melhor maneira.
Afinal, o que é disfunção erétil?
Disfunção erétil é a incapacidade de obter ou manter uma ereção firme o suficiente para o sexo. Mas o que, exatamente, acontece? Dentro do pênis existem duas estruturas – os corpos cavernosos – que contêm diversos vasos sanguíneos e tecidos, bem como uma artéria principal.
Quando você fica excitado, seu cérebro envia mensagens químicas aos vasos sanguíneos da pelve, fazendo com que se dilatem para que o sangue flua para o pênis. Ao mesmo tempo, o retorno do sangue do pênis para a circulação é reduzido, mantendo os corpos cavernosos cheios e rígidos, o que deixa o pênis ereto. Se o fluxo para o pênis for insuficiente ou se o sangue “escapar” dos corpos cavernosos, ocorre a disfunção erétil.
Esse problema atinge mais idosos, seja pelo próprio processo de envelhecimento ou pela incidência de doenças associadas que causam a disfunção erétil, como diabetes e pressão alta.
Disfunção erétil é o mesmo que falta de desejo sexual?
A disfunção erétil pode estar presente mesmo quando a libido – nome dado ao desejo sexual – está preservada. Nesse caso, o homem tem vontade do ato sexual, mas não consegue fazê-lo pela dificuldade em ter ou manter uma ereção.
O que causa disfunção erétil?
A ereção é um processo complexo que envolve cérebro, hormônios, nervos e vasos sanguíneos. Por isso mesmo, as causas da disfunção erétil podem estar relacionadas com uma falha ou desequilíbrio em qualquer um desses mecanismos ou em uma combinação deles.
Em geral, as origens desse problema são divididas em dois grupos: físicas e psicológicas. Embora cada uma delas tenha seu próprio conjunto de fatores de risco, muitos casos de disfunção erétil envolvem mais de uma causa.
Causas físicas
Doenças vasculares e cardíacas
As causas físicas mais comuns da disfunção erétil estão relacionadas à circulação e à pressão arterial. Doenças cardíacas, enrijecimento das artérias, colesterol alto e hipertensão podem afetar a quantidade de sangue que flui para o pênis e, deste modo, prejudicar a ereção.
Diabetes
A diabetes, por sua vez, contribui para a impotência ao danificar os nervos e os vasos sanguíneos.
Obesidade e síndrome metabólica
A obesidade e a síndrome metabólica estão relacionadas à disfunção erétil, já que aumentam o risco de alterações na pressão arterial e no colesterol.
Alterações hormonais
Você já deve ter ouvido falar que a testosterona é o principal hormônio sexual masculino. Sinais e sintomas como cansaço, alterações no humor, redução do desejo sexual e disfunção erétil podem indicar hipogonadismo, que é a deficiência deste hormônio.
Doenças neurológicas
Lesões na medula espinhal, esclerose múltipla, Parkinson ou alteração no funcionamento dos nervos também podem levar à disfunção sexual.
Medicamentos e drogas
Alguns remédios podem interferir na ereção, como anti-hipertensivos e antidepressivos, além de drogas, como álcool, tabaco, heroína e cocaína.
Procedimentos médico
Certos tratamentos e cirurgias podem danificar os nervos e vasos sanguíneos do pênis e, consequentemente, prejudicar a ereção. Entre eles, estão:
Cirurgia de retirada da próstata;
Cirurgias oncológicas pélvicas;
Radioterapia na região pélvica.
Problemas anatômicos
Alguns homens nascem ou desenvolvem alterações no corpo que predispõem a disfunção erétil. Como exemplo, há a doença de Peyronie, que gera um tecido cicatricial que altera a curvatura do pênis e pode dificultar a ereção.
Causas psicológicas
Em muitos casos, a disfunção erétil está relacionada a problemas psicológicos, especialmente em homens com menos de 40 anos e com sintomas de início repentino.
Problemas de saúde mental, como depressão ou ansiedade, podem tornar mais difícil ficar e se manter excitado. O estresse também é um fator importante, pois interfere no envio dos sinais do cérebro que fazem com que o sangue flua para o pênis.
Em muitos casos, problemas psicológicos evoluem para ansiedade de desempenho, que é um medo intenso e persistente que certas pessoas têm de serem avaliadas, o que também atrapalha a ereção.
Embora às vezes seja difícil determinar a causa específica da sua disfunção erétil, o esforço sempre vale a pena. Se não for tratada, essa condição agrava o estresse e a ansiedade, bem como gera baixa autoestima e problemas nos relacionamentos.
Já deu para perceber que acompanhamento médico é essencial, certo? Atualmente, existem várias opções de medicamentos eficazes para tratar essa condição. Continue lendo e não seja pego desprevenido.
Há fatores de risco para disfunção erétil?
É verdade que conforme você envelhece, as ereções podem demorar mais para começar e podem não ser tão firmes. Mas, atenção: se há grande dificuldade em consegui-las, você pode estar sofrendo de disfunção erétil.
Alguns homens estão mais propensos a ter o problema, como os que:
- Têm problemas cardíacos ou diabetes;
- Fumam cigarro;
- Estão com sobrepeso ou obesidade;
- São sedentários;
- Removeram a próstata;
- Têm lesões nos nervos e artérias que controlam a ereção;
- Usam determinados medicamentos, como antidepressivos e anti-hipertensivos;
- Convivem com estresse, ansiedade ou depressão;
- Usam drogas ou álcool.
Se você possui um ou mais dos distúrbios acima, não deixe de procurar um médico. Apenas esse profissional poderá oferecer alternativas de tratamento. Lembre-se ainda de não alterar ou suspender medicação sem consultá-lo, certo?
Acho que tenho disfunção erétil, e agora?
Poucos homens querem falar sobre sua incapacidade de obter ou manter uma ereção. No entanto, a disfunção erétil pode ter um impacto profundo nos relacionamentos e na auto-estima.
Problemas no quarto não significam necessariamente que você esteja lidando com disfunção erétil. A maioria dos homens terá dificuldade de ereção em algum momento de sua história sexual. Mas um dia ruim não significa grandes problemas de saúde sexual. Então, como saber se você está lidando com disfunção erétil?
Há uma regra que pode te ajudar: se você tem dificuldade para ter ou manter uma ereção em pelo menos 50% das tentativas de fazer sexo, está na hora de buscar ajuda.
Como é feito o diagnóstico?
Felizmente, a disfunção erétil tem tratamento. O primeiro passo para você melhorar de vida é buscar um médico urologista ou andrologista. Na consulta, o profissional avaliará sintomas físicos e psicológicos, assim como pedirá informações e solicitará exames. Veja, em detalhes, quais avaliações e exames são importantes nesse processo:
Avaliação médica
O médico fará uma avaliação clínica completa, que inclui entender todas as suas queixas, fatores de risco e histórico sexual.
Ele ainda realizará um exame físico detalhado, buscando fatores de risco e possíveis causas para a DE, como alterações circulatórias, neurológicas ou hormonais. Também pode ser feita uma avaliação psicológica para detectar sintomas de depressão e ansiedade.
Durante essa consulta, poderão vir à tona distúrbios importantes, como pressão alta e insuficiência vascular. Nesse caso, podem ser prescritos medicamentos antes mesmo dos exames serem feitos.
Exames para diagnosticar disfunção erétil
Pode ser necessário realizar exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico e entender suas origens. Não se assuste, eles são simples! A maioria, na verdade, consiste na coleta de sangue para medir a quantidade de certas substâncias no corpo, como colesterol e açúcar. Caso haja suspeita de algum problema hormonal, como a deficiência de testosterona, o médico também poderá solicitar a dosagem desse e de outros hormônios.
Em algumas situações, são feitos exames mais específicos, como no caso de disfunção erétil em jovens, pessoas com trauma na região pélvica ou que não apresentam resposta satisfatória ao tratamento inicial. Nesses casos, podem ser solicitados:

Ultrassom doppler peniano
Exame não invasivo que fornece informações importantes a respeito dos vasos sanguíneos do pênis. Pode ser combinado com o teste de ereção fármaco-induzido para uma avaliação mais completa da resposta vascular;

Teste de tumescência peniana noturna
Avalia a quantidade, rigidez e duração das ereções noturnas;

Teste de ereção fármaco-induzido
Alguns medicamentos são administrados no pênis para que sua resposta à ereção seja avaliada.
Como tratar disfunção erétil?
Já existem tratamentos efetivos para essa condição. A escolha do mais adequado dependerá das suas condições de saúde. Continue conosco e saiba mais sobre as alternativas.
Adote um estilo de vida saudável
Sabia que antes mesmo de procurar ajuda médica, é possível tomar atitudes que beneficiem a sua saúde? Mudar alguns fatores de risco controláveis é fundamental no tratamento da impotência. Para isso, você deve:
Praticar atividades físicas
Procure exercitar-se regularmente, mas sempre com a orientação de um profissional de saúde, como um educador físico.
Manter uma alimentação saudável
Procure exercitar-se regularmente, mas sempre com a orientação de um profissional de saúde, como um educador físico.
Parar de fumar
Um ano após parar de fumar, há uma melhora significativa na qualidade da ereção, além de outros benefícios à saúde. Por isso, deixe o cigarro de lado.
Substitua medicamentos que causam disfunção erétil
Se o seu caso de disfunção estiver associado ao uso de algum medicamento, peça para que seu médico o substitua. Contudo, lembre-se que você não deve parar de tomar medicamentos por conta própria, certo? Procure sempre orientação de um profissional da saúde.
Remédios para disfunção erétil
Existem remédios orais que melhoram o fluxo sanguíneo para o pênis. Apesar de não curarem a DE, essas fórmulas permitem obter e manter ereções satisfatórias, devolvendo o prazer de se relacionar sexualmente.
É importante que você saiba que esses medicamentos são facilitadores e que o estímulo sexual e o desejo precisam existir para que a ereção aconteça. Ainda assim, eles só devem ser utilizados após prescrição médica. Por isso, nunca se automedique.
Outro ponto significativo é que esses remédios são contraindicados para homens que usam fórmulas com nitrato, que têm doenças graves no fígado, rins ou coração e que sofreram infarto ou derrame nos últimos seis meses.
Terapia de reposição hormonal
Se você apresenta disfunção erétil pela falta do principal hormônio sexual masculino, a testosterona, pode obter benefícios com a reposição hormonal. Ela pode ser feita na forma de injeções intramusculares, gel ou comprimidos, tudo sempre sob orientação médica.
Psicoterapia
É muito comum que homens com estresse, depressão ou ansiedade apresentem disfunção erétil, uma vez que o processo de excitação envolve muitas emoções. O apoio psicológico é essencial para esses casos, gerando resultados positivos a longo prazo.
Dispositivos de constrição a vácuo
Alternativa aos medicamentos orais, as bombas de vácuo penianas podem criar ereções. Uma vez que se desenvolve, uma faixa é colocada ao redor da base do pênis para mantê-la.
Injeção peniana
Costuma ser utilizada em penúltimo caso, quando não há resposta satisfatória aos medicamentos e terapias. A injeção de medicamentos diretamente no pênis promove o relaxamento da musculatura e o aumento do fluxo sanguíneo, promovendo a ereção.
Prótese peniana
É um tratamento de final de linha, ou seja, indicado apenas quando outros métodos terapêuticos, inclusive a injeção peniana, não funcionam. O implante da prótese peniana tem como objetivo proporcionar rigidez ao pênis. Embora irreversível, o procedimento é seguro, não afeta a libido, a fertilidade ou a ejaculação.
É possível evitar a disfunção erétil?
Embora nem sempre seja possível prevenir esse problema, cuidar de si reduz o risco de desenvolvê-lo. Em geral, quanto mais saudável você for, menor será a probabilidade de ter disfunção erétil. Fazer o seguinte pode ajudar:
Pratique exercícios físicos
O sedentarismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares, que estão relacionadas à impotência. Procure se exercitar regularmente, mas não se esqueça de consultar um médico para saber se você tem algum tipo de impedimento e quais são as atividades mais indicadas para o seu perfil.
Não fume
O tabagismo está associado a maior risco de problemas circulatórios, aumentando a probabilidade de DE. Inclusive, não fumar ou parar de fumar são medidas de prevenção indicadas para toda pessoa que deseja melhorar a qualidade de vida.
Tenha uma alimentação balanceada
Isso ajuda a manter o peso ideal e evita alguns problemas de saúde, como diabetes, que é outro fator de risco para disfunção erétil. Por isso, prefira alimentos não industrializados e consuma sal e açúcar com moderação. Procure sempre comer legumes, verduras e boas fontes de proteína. Outra dica é evitar frituras e comidas muito gordurosas.
Evite bebidas alcoólicas
O consumo excessivo de álcool causa relaxamento que, por vezes, acaba dificultando a ereção. Além disso, uma série de outros problemas de saúde podem ser provocados pelo excesso da bebida.
Mantenha o equilíbrio emocional
Estresse e ansiedade estão associados à disfunção erétil. Por isso, não deixe de cuidar da sua saúde mental. Reserve um tempo para você fazer o que gosta.
Tendo aprendido muito mais sobre a disfunção erétil, incluindo seus fatores de risco e causas, você deve estar preparado para avaliar sua própria função erétil. Se você já teve problemas de ereção ou tem alguns dos fatores de risco mencionados acima, pode valer a pena ir ao consultório do seu médico urologista ou andrologista.
Se você decidir procurar ajuda, dê ao seu médico o máximo de informações que puder sobre seus sintomas, incluindo frequência e gravidade, bem como a data de início das queixas. Com a ajuda do especialista, você decidirá qual é o melhor tratamento para restaurar a função sexual.
A disfunção erétil pode ser uma condição desagradável sobre a qual ninguém quer falar e reconhecer, mas isso não fará com que ela desapareça. A sua melhor defesa contra problemas de saúde como esse é aprender tudo o que puder sobre o assunto, para poder lidar com o problema pela raiz. Se você está pronto para parar de viver na vergonha e recuperar sua autoestima e prazer, encare a conversa com seu médico.
Referências:
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/erectile-dysfunction/symptoms-causes/syc-20355776 - acessado em 17/09/2021
http://files.bvs.br/upload/S/1413-9979/2007/v12n4/a0017.pdf, acessado em 17/09/2021
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/erectile-dysfunction/symptoms-causes/syc-20355776 - acessado em 17/09/2021
https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/lafarc/Cartilha_Disfuncao_eretil%20(1).pdf - acessado em 17/09/2021
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302006000600023 - acessado em 17/09/2021
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8254833 - acessado em 17/09/2021
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Vários fatores podem ocasionar a deficiência na produção da testosterona, a depender de sua classificação:
Hipogonadismo primário
Quando há algum problema nos testículos que faz com que eles não respondam adequadamente aos hormônios responsáveis pela produção de espermatozoides;
Hipogonadismo secundário
Quando há disfunção em duas glândulas localizadas no cérebro que têm funções endócrinas: o hipotálamo e a hipófise. Elas estão diretamente conectadas à produção da testosterona.
As classificações são muito importantes para que você e seu médico consigam entender, da melhor maneira possível, qual a origem da condição.
Andropausa é a mesma coisa que hipogonadismo?
Provavelmente você já ouviu alguém comparando alterações hormonais típicas do envelhecimento de homens e mulheres, muitas vezes até dizendo que a “menopausa masculina” é chamada de andropausa.
A verdade é que o termo andropausa não é mais adotado pela comunidade médica. Hoje em dia, os nomes corretos para a queda da produção da testosterona são hipogonadismo ou distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM).
Inclusive, a queda hormonal feminina é bem diferente da masculina. Algumas das principais distinções entre os processos são:
Hipogonadismo não afeta todos os homens
Diferentemente das mulheres, a maior parte dos homens chega à terceira idade com níveis de testosterona dentro dos valores normais. Apenas um em cada cinco sofrerá algum tipo de alteração na produção hormonal.
Nos homens, a mudança é menos dramática
Para as mulheres, a produção hormonal (de estrogênio, no caso delas) cai repentinamente em certa idade – geralmente entre 45 e 55 anos, mas há casos nos quais ocorre até antes. Nos homens, a diminuição da testosterona tende a ser gradativa e lenta, estendendo-se por décadas.
Sintomas menos precisos
Justamente por acontecer de modo gradual, os homens, no geral, não costumam sentir muitos efeitos da queda da testosterona. Já as mulheres sentem muito mais a chegada da menopausa, que é marcada pelo fim da menstruação, ondas de calor, alterações no humor e mudanças na qualidade do sono.
Avanço da idade x testosterona: qual a relação?
Um fato importante é que a queda da testosterona não atinge obrigatoriamente todos os homens: apenas 20% são afetados pelo hipogonadismo após os 40 anos.
Ainda assim, vale lembrar que há uma queda natural na produção de testosterona em homens após os 30 anos e que isso vai acontecer de maneira progressiva e lenta – cerca de 1% ao ano.
De todo modo, é preciso estar com os exames em dia e sempre atento a possíveis sinais e sintomas, pois há outros fatores, além da idade, que desencadeiam o hipogonadismo:
Problemas de saúde
Algumas doenças afetam a produção da testosterona, como as hepáticas e renais, obesidade, artrite reumatoide e diabetes.
Medicamentos e tratamentos
São causas externas que também influenciam a testosterona, como o uso prolongado de corticoides ou analgésicos, radio ou quimioterapia e consumo excessivo de álcool.
Quais são seus sintomas?
Deu para perceber que o hipogonadismo traz alguns sintomas bem marcantes para nós, homens, certo? Afinal, a testosterona é responsável por diversas funções do corpo, tanto sexuais quanto físicas e emocionais.
Que tal checar as principais mudanças desencadeadas pela condição?
Sintomas sexuais
Diminuição ou perda da libido:
Você pode ter menos ou nenhum desejo sexual;
Disfunção erétil:
Pode haver dificuldade em ter ou manter ereções, ou, ainda, elas ocorrem com o pênis menos rígido;
Menos ereções espontâneas:
As ereções noturnas e matinais acontecem em menor frequência;
Redução do tamanho dos testículos:
Por serem os órgãos que produzem a testosterona, os testículos podem ficar menores conforme a produção do hormônio diminui;
Infertilidade:
Em alguns homens, esse é o sintoma que os leva a procurar um médico.
Sintomas físicos
O hipogonadismo masculino também pode causar mudanças físicas, a depender da fase da vida. Veja quais:
Em bebês:
O hipogonadismo pode influenciar o desenvolvimento do pênis e do saco testicular;
Na pré-puberdade:
O menino que passaria por mudanças marcantes em sua voz e em seu corpo – como o crescimento do pelos, o desenvolvimento do pênis e o ganho de massa muscular – não vê a transição acontecer. Inclusive, suas mamas podem se desenvolver;
Depois da puberdade:
Alguns dos sintomas mais comuns são perda de pelos do corpo e do rosto, osteoporose, redução de força, perda de massa muscular e aumento da gordura visceral (que provoca o aumento da barriga, ondas de calor, fadiga e anemia).
Sintomas psicológicos
O hipogonadismo pode, ainda, causar sintomas mentais, como:
- Tristeza;
- Depressão;
- Irritabilidade;
- Oscilações no humor;
- Dificuldade para dormir ou outros distúrbios do sono, como apneia;
- Pouca energia;
- Falta de disposição;
- Diminuição na autoconfiança e na motivação;
- Dificuldade de concentração e memória;
Estou com sintomas, o que devo fazer?
É muito importante ter uma coisa em mente: o acompanhamento médico regular é essencial para o diagnóstico precoce de qualquer doença. Dito isso, se você sentir que seu corpo está diferente do usual, procure um médico o quanto antes. Dessa maneira, a investigação aprofundada e o olhar do especialista determinarão se há algum problema de saúde e como ele deve ser tratado.
A Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, elaborou um teste de hipogonadismo – conhecido como teste ADAM. Ele pode ajudar na organização e no entendimento do que você está sentindo, mas, de maneira nenhuma, substitui o acompanhamento médico, certo? É mais um instrumento para você se autoconhecer.
Nunca é demais frisar: ao sentir qualquer sintoma, procure auxílio médico. Lembre-se sempre que a automedicação pode prejudicar a sua saúde e até mesmo mascarar sintomas, impedindo o diagnóstico preciso de uma ou mais doenças.
Como é feito o diagnóstico de hipogonadismo?
O diagnóstico do hipogonadismo ocorre em duas etapas. A primeira consiste na avaliação dos seus sintomas e estado de saúde. Depois, são solicitados exames laboratoriais para confirmar a baixa na produção da testosterona.
Avaliação clínica
Durante a consulta médica, o profissional fará uma série de perguntas para entender seu histórico de saúde e sintomas. Muitos médicos usam, inclusive, o teste ADAM nesta fase do diagnóstico.
Avaliação física
Então, o profissional da saúde observará alguns aspectos do seu corpo que se relacionam com a produção de testosterona, como:
- Quantidade e distribuição de pelos;
- Quantidade de massa muscular;
- Tamanho dos testículos;
- Desenvolvimento físico, no caso de crianças e adolescentes.
Exames de sangue
Alguns exames de sangue podem indicar como anda a produção de testosterona no corpo, entre eles, estão a dosagem de prolactina, FSH (folículo estimulante) e LH (luteinizante), testosterona livre, testosterona total e testosterona biodisponível. Caso o hipogonadismo seja primário, as chances de descobri-lo por meio desses exames são grandes.
É comum que o médico solicite a repetição dos testes para confirmar os resultados. Vale lembrar que, como os níveis de testosterona variam ao longo do dia, o ideal é que a coleta do sangue seja realizada nas primeiras horas do dia, entre 8h e 10h da manhã.
Outros testes
Mesmo após o diagnóstico, outros testes podem ser necessários para investigar a origem exata do hipogonadismo e para a segurança do tratamento:

Hemograma
O exame mostra se a composição do sangue está dentro da normalidade e dá informações específicas sobre os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas.

Exames de imagem
Por vezes, ainda se faz necessário uma ressonância magnética ou uma tomografia, principalmente quando há suspeita de hipogonadismo secundário. A ideia aqui é visualizar a base do cérebro, o hipotálamo e a hipófise, que, como já vimos, estão ligados ao sistema endócrino.

PSA (antígeno prostático específico)
O médico precisa saber da dosagem do PSA antes do início do tratamento para excluir qualquer problema na próstata, como câncer, uma vez que o tratamento de hipogonadismo pode incluir reposição hormonal e, deste modo, acelerar o crescimento de algum tumor já existente. O exame também é solicitado periodicamente durante o tratamento.
Como tratar hipogonadismo?
Embora pareça incomum e até mesmo assustador, o hipogonadismo tem tratamento. Por isso, nada de desespero. Os cuidados consistem na reposição hormonal da própria testosterona ou, se a origem da condição estiver nas glândulas do cérebro, de substâncias hipofisárias. Em casos mais graves, como tumor na hipófise, as alternativas são cirurgia e/ou radioterapia.
Existem diferentes modos de realizar a reposição hormonal, e todos têm seus bônus e seus ônus. Que tal entender quais são e suas possíveis consequências?
Reposição hormonal
Via oral
É o método mais fácil e prático, uma vez que consiste apenas em tomar os comprimidos de testosterona, conforme a indicação médica. A parte chata é que, já que os níveis hormonais variam ao longo do dia, podem ser necessárias doses em diferentes horários. Como efeito colateral, há aumento considerável do risco de problemas hepáticos.
Adesivos e géis
Para uso tópico, há opção de adesivo ou gel. Geralmente, os géis de uso diário são mais indicados, pois têm menos chances de causar alergias do que os adesivos. Contudo, são o método mais caro.
Injetáveis de curta duração
É a forma de reposição hormonal de testosterona mais utilizada, graças ao seu baixo custo. Consiste em tomar uma injeção do hormônio a cada duas ou quatro semanas. Como desvantagem, o paciente tem picos hormonais, geralmente nos dias seguintes à aplicação. Além disso, pode haver má circulação do sangue, o que resulta em tontura, dor de cabeça e até aumenta o risco de infarto. Por isso, pessoas com problemas cardiovasculares precisam ter ainda mais atenção ao optar por esse tratamento.
Injetáveis de longa duração
A diferença com o tratamento descrito anteriormente já está no nome. Geralmente, a aplicação é feita a cada 10 ou 14 semanas e não há tantas variações nos níveis de testosterona como no de curta duração. No entanto, caso haja alguma reação ao tratamento, é mais difícil fazer a transição ou a substituição para outro método.
Contraindicações do tratamento
Há algumas contraindicações para a reposição da testosterona no caso de hipogonadismo. Isso acontece por haver mais desvantagens do que vantagens na reposição nos seguintes casos:
- Câncer de próstata;
- Câncer de mama masculino;
- Câncer de fígado;
- Níveis sanguíneos elevados de cálcio associados a tumores malignos;
- Exame PSA alterado ou presença de nódulo na próstata, necessitando de um aprofundamento urológico no diagnóstico;
- Apneia do sono grave não tratada, uma vez que a testosterona está intimamente ligada ao sono;
- Alterações no hemograma em relação aos glóbulos vermelhos;
- Sintomas relacionados ao aumento da próstata, como dificuldade para começar a fazer xixi, gotejamento e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
Aqui, fica bastante evidente o porquê é necessário procurar um médico, caso você tenha algum sintoma. A automedicação não deve ser feita: o tratamento indevido pode piorar algum outro quadro que você desconhece e que está causando a baixa produção da testosterona. Por isso, lembre-se: procure seu médico antes de ingerir qualquer remédio.
Benefícios do tratamento
Felizmente, o tratamento de hipogonadismo é muito eficaz. Com ele, todos os sintomas tendem a ser amenizados e, assim, você recupera sua qualidade de vida e saúde sexual. Uma maravilha, não é?
Os benefícios ocorrem em curto, médio e longo prazo. A melhora da libido acontece rapidamente, enquanto a restauração da massa óssea é mais demorada, por exemplo. Veja esses e outros ganhos:
- Melhora da libido;
- Menos oscilações de humor;
- Restauração da massa óssea;
- Aumento da força muscular;
- Melhora da composição corporal, com aumento da massa magra e redução da quantidade de gordura;
- Mais disposição e capacidade de concentração.
É muito importante ressaltar que os benefícios dependem da adesão e da continuidade ao tratamento de hipogonadismo. Caso ele seja suspenso, todo o quadro pode regredir. Por isso, nunca interrompa a medicação sem consultar seu médico de confiança.
Cuidados antes e durante o tratamento de hipogonadismo
Você deve ter notado que a reposição mexe bastante com o funcionamento do corpo, afinal, você passa a ingerir um hormônio sintético. Por isso, é muito importante fazer todos os exames solicitados para entender qual é o melhor caminho a ser tomado – e isso varia de pessoa para pessoa. Afinal, cada um de nós tem particularidades na composição corporal, nos sintomas e nas necessidades terapêuticas.
Durante o tratamento, os cuidados também devem permanecer. Alguns deles são:
Realizar avaliações periódicas
É preciso observar os sintomas físicos e emocionais, além de realizar exames laboratoriais para medir os níveis de testosterona. Geralmente, os testes são feitos com três, seis e 12 meses após o início do tratamento. Depois, passam a ser anuais.
Avaliação da densidade mineral óssea
Já que essa doença pode afetar os ossos e até levar a um quadro de osteoporose, é importante realizar exames para isso também. A periodicidade costuma ser também de três, seis e 12 meses.
Acompanhamento de próstata, glóbulos e plaquetas
Como o uso da testosterona sintética pode modificar a próstata, é de suma importância realizar exames de PSA durante o tratamento. Além disso, recomenda-se que um hemograma completo para acompanhar de perto possíveis mudanças na composição do sangue.
É possível evitar o hipogonadismo?
Você deve estar se perguntando “Mas é possível evitar o hipogonadismo?”. A resposta é: somente em alguns casos. Por exemplo, não há muito a se fazer naqueles que são frutos de tendências genéticas. De todo modo, vale realizar ajustes na sua rotina para não deixar a condição te pegar desprevenido.
Exercite-se
Você sabia que, além de auxiliar na manutenção e na perda de peso, atividades físicas podem ajudar na prevenção de doenças relacionadas à baixa testosterona, como obesidade e diabetes? Isso mesmo!
Para entender quanto tempo e quais exercícios são mais adequados para você, procure um profissional de educação física.
Alimente-se bem
Investir numa alimentação equilibrada é muito importante para regular o funcionamento do organismo como um todo. Estando bem-nutrido e com tudo o que o corpo precisa, as chances de desenvolver doenças são pequenas.
Além disso, a alimentação com comida de verdade também impacta na obesidade e na diabetes.
Procure um nutricionista e não vá na onda das dietas da moda. Cada organismo precisa de um plano alimentar que supra suas diferentes necessidades e portanto de um acompanhamento personalizado.
Faça checkups regularmente
Realizar exames anualmente como medida preventiva é a lição de casa a ser feita por todos nós. Somente com eles é possível detectar quaisquer condições precocemente, ou seja, antes que afetem a saúde e o bem-estar.
A prática é ainda mais importante a partir dos 30 anos, quando as mudanças hormonais passam a acontecer. Então, não deixe de fazer seus exames e fazer aquela visitinha ao médico, certo?
Quais as possíveis complicações?
Se você acha que o baixo nível de testosterona não representa um grande risco para sua vida, está enganado. O problema pode desencadear condições importantes, já que a redução do hormônio prejudica todo o organismo. Por isso, fique de olho nas consequências;
Doenças cardiovasculares
Um dos papéis da testosterona é facilitar a dilatação dos vasos sanguíneos. Quando há deficiência do hormônio, a probabilidade de doenças cardiovasculares aumenta.
Doenças nos ossos
Como provoca a redução da massa óssea, o hipogonadismo pode levar à osteopenia - redução leve da densidade óssea – e, em casos mais graves, à osteoporose – enfraquecimento dos ossos que aumenta o risco de fraturas.
Diabetes
Você sabia que 30% dos homens diabéticos apresentam testosterona baixa? A diabetes tem uma relação de mão dupla com o hipogonadismo. Tanto o homem hipogonádico tem maior risco de desenvolver diabetes, quanto o com diabetes está mais suscetível a apresentar queda da testosterona.
Agora que você aprendeu muito mais sobre a baixa de testosterona, incluindo suas causas e tratamentos, esteja preparado para repensar sua saúde e hábitos. Se você já sentiu algum dos sintomas mencionados acima, pode valer a pena conversar com seu médico urologista, endocrinologista ou andrologista.
A sua melhor defesa contra problemas de saúde como o hipogonadismo é aprender tudo o que puder sobre o assunto, para poder cortar o mal pela raiz. Se você está pronto para recupera sua saúde sexual, psicológica e física, encara a conversa com seu médico.
Referências:
https://www.bumc.bu.edu/sexualmedicine/publications/prevalence-diagnosis-and-treatment-of-hypogonadism-in-primary-care-practice/ - acessado em 17/09/2021
https://www.sbemsp.org.br/imprensa/releases/122-conhecas-os-principais-sintomas-do-hipogonadismo-masculino - acessado em 17/09/2021
https://bvsms.saude.gov.br/menopausa-e-climaterio/#:~:text=A%20menopausa%20corresponde%20ao%20%C3%BAltimo,de%20menopausa%20prematura%20ou%20precoce - acessado em 17/09/2021
https://portaldaurologia.org.br/publico/dicas/hipogonadismo-masculino-como-identificar-e-tratar/ - acessado em 17/09/2021
https://portaldaurologia.org.br/publico/doencas/andropausa-deficiencia-androgenica-do-envelhecimento-masculino-daem/ - acessado em 17/09/2021
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/male-hypogonadism/symptoms-causes/syc-20354881 - acessado em 17/09/2021
https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/mens-health/in-depth/male-menopause/art-20048056 - acessado em 17/09/2021
https://www.slamsnet.org/static/OS_3358-ConsLatino-Americano-DAEM_pt.pdf - acessado em 17/09/2021
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4046605/ - acessado em 17/09/2021
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