Perguntas frequentes - Testosterona
A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, que é produzido pelos testículos e, em quantidade bem menor, pelas glândulas suprarrenais. Ela controla o desenvolvimento das características físicas e sexuais masculinas, como o desenvolvimento dos testículos e da próstata, a barba e o desejo sexual, além de ter funções reprodutivas, como produção e maturação dos espermatozóides. Também afeta muitas atividades metabólicas, como produção de células do sangue na medula óssea, formação do osso, metabolismo de lipídios, metabolismo de carboidratos, função hepática e crescimento da próstata. Além disso, níveis adequados de testosterona:
- Melhoram a concentração;
- Geram sensação de confiança e autoestima;
- Melhoram o humor;
- Auxiliam na saúde do coração;
- Mantém a libido saudável;
- Aumentam a energia.
Quando o organismo masculino produz pouca testosterona, ocorre o hipogonadismo. O envelhecimento e a baixa de testosterona podem provocar uma série de distúrbios. Entre eles, a disfunção erétil.
Adote uma alimentação saudável – a obesidade é um dos fatores de risco para o hipogonadismo e para várias doenças, como as cardiovasculares (por exemplo, o acidente vascular cerebral - AVC). Adotar alguns hábitos saudáveis na alimentação ajuda na prevenção da obesidade, tais como:
- Prefira alimentos naturais ou minimamente processados, como frutas, verduras, verduras, grãos, nozes, ovos e farinhas integrais;
- Use em pequenas quantidades óleos, gordura, sal e açúcar;
- Restrinja os alimentos processados, como conservas, compotas, pães e carnes salgadas;
- Evite os alimentos ultraprocessados, tais como biscoitos, salgadinhos, refrigerantes e macarrão instantâneo;
- Evite fast food, restaurantes a quilo podem ser uma boa opção para uma alimentação mais saudável;
- Faça refeições regularmente, mantendo os mesmos horários e evitando beliscar entre elas, preferencialmente à mesa e sem aparelhos eletrônicos ligados para desviar a sua atenção;
Pratique exercícios físicos – o sedentarismo aumenta a possibilidade de desenvolver doenças que são fatores de risco para o hipogonadismo, como diabetes. E o exercício moderado, por si só, tende a aumentar os níveis de testosterona. Mas, é preciso fazer dessa prática um hábito para obter os benefícios. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos façam pelo menos 150 minutos de exercício aeróbico por semana com intensidade moderada e, em pelo menos dois dias na semana, pratiquem exercícios de fortalecimento muscular que envolvam os principais grupos musculares.
Abandone alguns hábitos – o tabagismo, por exemplo, é fator de risco para diversas doenças que podem causar a diminuição da produção de testosterona. O mesmo pode ser dito sobre o consumo não moderado de bebidas alcoólicas.
Tenha um boa noite de sono – durante o sono, os testículos produzem mais testosterona. Dormir de sete a oito horas por dia auxilia na produção do hormônio.
Quando o organismo masculino produz pouca testosterona, ocorre o hipogonadismo. Muitas vezes, esse déficit hormonal está relacionado ao envelhecimento. Saiba como é o tratamento do hipogonadismo.
Estima-se que, a partir dos 30 anos, a quantidade de testosterona livre no sangue decline naturalmente ao redor de 1% ao ano. Alguns homens podem ter níveis mais baixos até antes disso, caso tenham fatores de risco, tais como:
Herança genética - homens da mesma família tendem a ter níveis semelhantes de testosterona.
Trauma - uma lesão nos testículos pode afetar a produção de testosterona. Tratamentos para câncer - homens que passaram por quimioterapia ou radioterapia têm maior risco.
Medicamentos - o uso de certos medicamentos, como corticoides e opioides, pode afetar a produção de testosterona.
Apneia do sono – é um distúrbio do sono potencialmente grave em que a pessoa para de respirar por alguns segundos, diversas vezes durante a noite. Esse distúrbio piora a qualidade do sono, o que pode prejudicar a produção de testosterona.
Problemas de saúde - várias doenças e distúrbios estão associados a um maior risco de hipogonadismo, tais como:
- Diabetes;
- Doença pulmonar obstrutiva crônica;
- Insuficiência renal crônica;
- Doença hepática crônica;
- HIV;
- Câncer de testículo ou de hipófise;
- Infecções nos testículos;
- Hemocromatose (doença caracterizada pelo acúmulo de ferro);
- Doenças genéticas e anormalidades cromossômicas.
Obesidade - cerca de 25% das pessoas obesas têm níveis de testosterona abaixo do normal.As duas condições são muito relacionadas e a Associação Americana de Endocrinologistas Clínicos (AACE), recomenda que todos os homens com obesidade sejam avaliados para o hipogonadismo.
Síndrome metabólica - a síndrome metabólica está fortemente ligada ao hipogonadismo. Entenda melhor esse fator de risco.
Sedentarismo e má alimentação - os dois fatores podem contribuir para a síndrome metabólica e, consequentemente, para o hipogonadismo. Ser sedentário significa passar longos períodos sentado ou deitado em atividades com baixo gasto de energia, tais como dirigir e usar o computador.
Álcool - consumir bebidas alcoólicas em excesso de forma recorrente pode prejudicar o sistema endócrino, responsável pela produção de hormônios, e agravar a queda nas taxas do hormônio sexual masculino. O uso abusivo de álcool nos homens significa beber mais de quatro doses em uma única ocasião ou beber com muita frequência (mais de 14 doses por semana). Uma dose equivale a uma lata de cerveja de 350 ml ou uma taça de vinho de150 ml ou uma bebida destilada de 50 ml.
Estresse – situações de estresse aumentam o nível de cortisol, hormônio do estresse, que, consequentemente, gera a diminuição do nível de testosterona.
Quando o organismo masculino produz pouca testosterona, ocorre o hipogonadismo. Muitas vezes, esse déficit hormonal está relacionado ao envelhecimento.
Existem várias situações em que a reposição de testosterona não é indicada para homens com hipogonadismo, tais como:
- PSA (enzima utilizada para diagnóstico, monitorização e controle do câncer de próstata) maior que 4 ng/ml;
- Câncer de próstata;
- Câncer de mama masculino;
- Apneia do sono severa;
- Hematócrito (porcentagem de volume ocupada pelos glóbulos vermelhos ou hemácias no volume total de sangue) maior que 50%;
- Sintomas graves do trato urinário inferior devido à próstata aumentada;
Se seus níveis de testosterona estiverem baixos, procure um médico para que ele avalie o seu quadro clínico e lhe indique o melhor tratamento. Quero saber mais sobre o hipogonadismo.
Os testículos ficam localizados dentro da bolsa escrotal e são responsáveis pela produção do principal hormônio sexual masculino, a testosterona. Também têm função de produzir os espermatozóides, porém essa produção só é possível se houver níveis suficientes de testosterona no sangue. A fertilidade masculina está diretamente ligada à função dos testículos e, consequentemente, à produção de testosterona. Por isso, se sentir qualquer desconforto, alteração ou dor nos testículos, procure um médico.
A testosterona é o hormônio responsável pelo aparecimento das características masculinas na puberdade, denominadas características sexuais secundárias. As mudanças nos órgãos sexuais incluem aumento do pênis, dos ductos e glândulas do sistema reprodutor e aumento da frequência de ereções voluntárias e involuntárias.
Outras ações da testosterona podem ser percebidas na puberdade como a alteração da voz, o crescimento de pelos pubianos e em outras partes do corpo e o aumento da massa muscular. Essas alterações são esperadas durante a puberdade, mas ao notar qualquer alteração que pareça anormal, como nódulo (caroço) nos testículos ou dor, procure um médico.
O uso de testosterona para aumento do tamanho do órgão sexual masculino não é indicado na bula desses medicamentos. Também não possui nenhum respaldo científico, ou seja, nenhuma comprovação de efetividade e até de segurança para homens que não tem alterações nos níveis hormonais. Tratamentos e cirurgias indicados para o aumento do tamanho do pênis podem ser perigosos e causar danos à saúde.
Médicos de qualquer especialidade podem solicitar os exames laboratoriais necessários para avaliar os níveis de testosterona. Entretanto, em casos de alterações desses níveis, é recomendado a consulta com um Urologista, profissional que cuida do sistema urinário e reprodutor masculino.
Esse especialista trata de distúrbios/doenças nos rins, ureteres, bexiga, uretra, próstata, adrenais, testículos, epidídimos e pênis. Outro profissional indicado é o Endocrinologista, médico especialista em glândulas endócrinas, que trata doenças hormonais e metabólicas. O endocrionologista atua em diversas áreas, incluindo o hipogonadismo masculino, conhecido popularmente como andropausa, e é apto a indicar tratamentos como a reposição hormonal nos casos apropriados.
O hipogonadismo é o conjunto de sinais e sintomas decorrentes da queda dos níveis de testosterona no organismo masculino. Essa queda pode ser causada por diversos fatores, entre os quais o processo normal de envelhecimento masculino. Cerca de um a cada cinco homens (20%) pode ter hipogonadismo após os 40 anos.
O hipogonadismo também é denominado de andropausa, resultado da diminuição de hormônios que ocorre por causa do envelhecimento, por analogia à menopausa feminina, porém esse termo não é apropriado. Ao contrário do estrogênio nas mulheres, que deixa de ser produzido nos ovários, a testosterona continua a ser produzida pelo organismo masculino, porém de maneira lenta e progressiva. Por isso, o termo Andropausa não é apropriado e o termo correto é Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM).
O tratamento de reposição de testosterona deve ser recomendado por um médico especialista e com base em exames clínicos e laboratoriais. Portanto, de acordo com todas as normas e recomendações das sociedades médicas, não é indicado esse tipo de tratamento para um homem com níveis normais de testosterona. É importante entender que em caso de uso indiscriminado e sem acompanhamento médico, a reposição de testosterona pode desencadear alguns efeitos colaterais e até riscos para a saúde.
Os níveis de testosterona podem diminuir por diversos motivos e é de extrema importância entender a causa dessa deficiência para que seja indicado o tratamento adequado.
Geralmente, com o tempo de tratamento, a tendência é que os sinais e sintomas, como a disfunção erétil, sejam revertidos conforme os níveis do hormônio forem se normalizando. Para pacientes que desejam ter filhos, a terapia de reposição de testosterona não é a mais indicada, uma vez que pode causar infertilidade.
Converse com seu médico e descubra qual a melhor opção de tratamento para o seu caso.
Não existe uma duração “padrão” para o tratamento de reposição com testosterona. É esperado que, conforme os níveis de testosterona do organismo forem se normalizando, os sinais e sintomas diminuam e o paciente se sinta cada vez melhor.
A questão principal é entender o motivo pelo qual os níveis estavam baixos. A terapia pode durar de meses até anos e é de extrema importância que seja sempre acompanhada por um médico.
Durante muito tempo, acreditou-se que a reposição de testosterona não fosse segura, entretanto com base em novos estudos essa teoria tem cada vez menos credibilidade.
Por outro lado, sabe-se que os níveis baixos de testosterona estão relacionados a diversos problemas, tais como aumento de risco e mortalidade por doença cardiovascular. Dessa forma, a terapia de reposição em pacientes hipogonádicos foi relacionada a redução de mortalidade, menos ocorrência de infarto agudo do miocárdio e de acidentes vasculares cerebrais. Desde que corretamente indicada e adequadamente acompanhada, a TRT pode ser oferecida aos homens com hipogonadismo sem que haja aumento dos riscos cardiovasculares.
Não existem mudanças que possam ser associadas diretamente ao tratamento, embora seus amigos e familiares possam perceber melhoras em relação a sua disposição e a outros sintomas que você apresentava antes do início do tratamento.
Também é importante saber que alguns produtos, apresentados na forma de géis ou adesivos precisam de alguns cuidados, como não deixar que outras pessoas toquem o local de aplicação antes que tenha secado.
Referências:
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